Nosso trabalho institucional foi avaliar uma creche em SP. E com base nos instrumentos que utilizamos para
avaliação, percebemos que havia uma necessidade por parte das professoras em
promover os estímulos adequados e aproveitar todas
as vias sensoriais para promover às aprendizagens necessárias. Parafraseando o Educador e Pedagogo português
da Escola da Ponte, Jose Pacheco, “hoje temos crianças do século 21, sendo
educadas por professores do século 20, com métodos pedagógicos do século 19”. Sendo assim, nossa hipótese foi de que havia
uma carência no trabalho de desenvolvimento sensorial e motor das crianças de 3
a 6 anos na instituição, bem como as características do desempenho das
habilidades motoras e sensoriais na faixa etária de 0 a 5 anos.
Com base em nossas leituras e pesquisas
elaboramos um kit com brinquedos para que as professoras pudessem trabalhar no
segundo semestre. Também preparamos um resumo do conteúdo e outras informações
que consideramos importantes para que as professoras pudessem, depois,
pesquisar e preparar as aulas com brincadeiras direcionadas e focadas nos
problemas identificados.
Elaboramos um circuito
multissensorial para realizar com as próprias professoras para que elas
compreendessem a necessidade de trabalhar com as crianças as atividades bimanuais
de manipulação de pequenos materiais, missangas, plástico bolha, conta gotas e
bordados, que vão favorecer a aquisição ou aperfeiçoamento da coordenação
motora fina. Durante as atividades no circuito usamos texturas diferentes.
Por fim, realizamos brincadeiras que
envolviam movimentos e coordenação motora grossa e equilíbrio. Acreditamos que
crescer é um processo complexo. Tentamos mostrar aos professores que eles
possuem uma grande importância para a formação da personalidade do aluno e
compartilhamos um pouco do conhecimento adquirido no curso de especialização,
para que as educadoras possam compreender melhor o desenvolvimento cerebral.
Segundo Levi Montalcini (2008), o
total desconhecimento da estrutura e funcionamento cerebral subjacente aos
processos cognitivos da criança impediu, nos últimos séculos, a adição de
práticas educacionais mais pertinentes e eficazes. Nosso objetivo não foi sobrecarregar os professores da
instituição, pelo contrário, foi de empoderar-lhes, sendo uma escolha deles de
realizar ou não as tarefas propostas.
Concordamos com as autoras Tara
Losquadro Liddle e Lara Yorke (2007) que
revela em seu livro que a chave, então,
para ajudar seu filho a desenvolver todo o potencial é ser vigilante, mas não
reagir demais ao comportamento dele - seja um recém nascido, ou seja, uma criança pequena. A maneira como ele reage
aos estímulos diz muito sobre sua capacidade de processar e integrar novas
informações. O comportamento dele é a janela para seu sistema nervoso.
Acesse nossos canais, temos muitas informações importantes lá que podem ter respostas para suas dúvidas. Vale a pena conferir!!!
Redes Sociais - Lidiane Leite