sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

Neuropsicopedagoga Lidiane Leite fala sobre a linguagem escrita


A escrita tem sido um dos assuntos mais pesquisados na neuropsicologia cognitiva.  A escrita é uma invenção da humanidade, que necessita de uma aprendizagem sistemática para a sua aquisição.No Brasil, usamos o sistema alfabético, em que cada sinal gráfico representa um fonema da fala. Ou seja, a aprendizagem da escrita é complexa e menos naturalística, aprender a escrever exige instrução explicita e sistemática, com a presença de um mediador.

A escrita é uma variação da linguagem e obedece a regras estruturais determinadas por cada sociedade. Assim, a habilidade de escrever não é inata e sim aprendida, pois não existe um substrato neurobiológico específico para essa aquisição. 

Para que a escrita ocorra de forma satisfatória, é importante desenvolver as habilidades preditoras da alfabetização. Essas habilidades são compostas por consciência fonológica, processamento auditivo e visual, velocidade de processamento, atenção, memória, organização, recuperação e planejamento de ações. 

Vale ressaltar a importância dessas habilidades se relacionarem de forma interdependente, e quando uma dessas habilidades possuir falhas interferirá no funcionamento do outro, gerando, assim, um mecanismo falho para a aprendizagem. 

Portanto, se considerarmos que a linguagem escrita é muito importante para as relações sociais, então é cada vez mais importante que a mesma seja avaliada em todos os seus aspectos. Portanto, é muito importante que os profissionais da educação se preocupem a verificar e descobrir se as crianças que estão sendo alfabetizadas possuem as habilidades preditoras da leitura  da escrita.  Como também se fazem o uso apropriado dessas habilidades.


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