quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Neuropsicopedagoga Lidiane Leite fala sobre panorama da alfabetização no Brasil



A qualidade da educação brasileira não vai muito bem e isso já é fato conhecido e sentido por todos. Segundo relatório da OCDE 2020 (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) mais de 34% dos estudantes brasileiros de até 15 anos repetiram de série pelo menos uma vez na vida. 

Em 2018, dados do Indicador de Alfabetismo Funcional (INAF), revelaram que 30% dos brasileiros entre 15 e 64 anos podem ser considerados analfabetos funcionais, e apenas 12% dos brasileiros nessa faixa são considerados leitores proficientes, com a habilidade de elaborar textos um pouco mais complexos (BRASIL, MEC, 2019). 

A situação é critica também quando analisamos os resultados da Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA) do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa (INEP), de 2017. Os dados revelam um percentual elevado de estudantes do 3 ano do Ensino Fundamental com níveis insuficientes em leitura (54,7%) e em escrita (33,9%). 

Desde que o PISA (Programa Internacional de Avaliação de Alunos) foi implantado em 2000, o Brasil vem ocupando as últimas posições nos rankings internacionais. Em 2018 ocupou a 57º posição em proficiência em leitura, dos 77 países avaliados pelo (PISA).

O panorama aqui apresentado revela a triste realidade brasileira, evidenciada por índices alarmantes, apontando a ineficácia do sistema educacional brasileiro, especialmente nas escolas públicas (INEP, 2020).  

Os resultados recentes de avaliações nacionais e internacionais têm demonstrado que os alunos brasileiros vêm constantemente ficando muito aquém do é esperado para a linguagem escrita .Esses dados mostram que os déficits em escrita, representam uma das principais dificuldades enfrentadas atualmente pelos estudantes brasileiros. Por fim, esses números explicam o quão grave é o contexto da educação brasileira e a necessidade das contribuições da ciência para a alfabetização.

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