As crianças não precisam de “amigos” e nem de “tios”, elas precisam de pais e de professores que não confundam autoridade com autoritarismo. As crianças precisam de regras claras, objetivas colocadas com segurança e na hora certa.
A criança que não aprende a ter limites cresce com uma deformação na percepção do outro. Elas precisam apreender a esperar sua vez, a compreender que existem outros e que precisa compartilhar. Através da colocação de limites os pais ensinam a criança a respeitar-se e a respeitar os outros.
Muitos psicólogos afirmam que um criminoso não costuma surgir na juventude: ele é ‘criado’ entre os 2 e os 5 anos de idade. Por isso, é preciso ter firmeza nas palavras, fazer valer-se diante das situações. As crianças precisam de limites. Fica mais fácil para aprender, fica mais fácil para crescer. Colocar limites é fundamental para que construam um espaço, digamos, assim, geográfico das relações sociais.
Saber o que é permitido e o que é proibido faz com que a criança compreenda o seu lugar. Colocar limites não significa privar de liberdade. Quanto mais cedo, os pais colocarem os limites de forma afetiva e com segurança de propósitos, menos problemas terão na puberdade e na adolescência. Uma das maiores dificuldades na educação de uma criança consiste na tarefa de saber dosar amor e permissividade com limite e autoridade.
Recomendo aos professores e pais não adularem, nem subornarem, muito menos ameaçarem e punirem. Sugiro pedirem, dizerem e agirem. Sempre falem com voz baixa e olhem seu filho nos olhos. Porque isso mostra que vocês estão no controle tanto da própria voz quanto da criança.