De acordo com a coordenadora pedagógica Lidiane Leite, a brincadeira é, de fato, a maior forma de aprendizado para crianças entre os zero e seis anos. “Proporcionar momentos lúdicos ajudam a criança a crescer de forma estruturada, divertida e confiante. Ter apenas brinquedos que piscam, giram e fazem tudo sozinhos dificulta o uso da imaginação e do pensamento analítico. Acredito que quanto menos brinquedos a criança tiver melhor vai ser porque ela vai passar mais tempo com uma quantidade menor de objetos e, consequentemente, vai trabalhar muito mais o foco e a concentração. ”, ressalta.
A coordenadora Lidiane Leite diz que através do brincar, a criança experimenta situações, organiza suas emoções e processa informações. ”Acredito que o brincar desenvolve muito mais que o brinquedo, ou seja, qualquer objeto pode virar brinquedo e entreter as crianças por horas. Uma criança acostumada com brinquedos ligados a personagens televisivos ou movidos a pilhas terão dificuldades no seu desenvolvimento infantil. Elas talvez não vão ver em um rolo de papel higiênico uma possível luneta ou um canhão. Em muitos brinquedos as crianças não precisam fazer nada, apenas apertar um botão e o boneco pula, dança, acende luzes… E a criança só fica, assistindo, sem qualquer interação.“
Segundo a coordenadora Lidiane Leite é muito positivo para a criança o trabalho com a motricidade refinada antes de iniciar o processo de alfabetização. “A criança deve ser estimulada a realizar desde pequena movimentos de mãos e dedos de forma que futuramente ela tenha melhor habilidade para utilizar lápis. Acredito que o trabalho com motricidade refinada proporciona à criança, passar pelo processo de alfabetização com muito mais facilidade e desempenho e torna elas muito mais independentes e evoluídas. Entretanto, o ato de brincar é muito mais do que um momento de descontração e divertimento para as crianças. Ele é indispensável à saúde física, emocional e intelectual da criança.
Para a coordenadora, é muito importante dosar o uso dos aparelhos eletrônicos e da Internet para que as crianças tenham outras alternativas de lazer, como esporte, música e cultura.“ Muitos pais acreditam que seus filhos, estando em casa, na frente do computador, estão seguros. Mas isso não é verdade. A Internet mal usada é perigosa. Entretanto, proibir não é educar. Os pais devem conversar com seus filhos, com uma linguagem adequada que algumas pessoas não são confiáveis, mesmo no mundo virtual."
A coordenadora pedagógica Lidiane Leite, lembra ainda que para cada idade, existem tipos de brinquedos e brincadeiras especiais. O importante é observar a fase em que a criança está e quais habilidades ela está desenvolvendo, até para aproveitar o brinquedo da melhor maneira possível. Sugiro sempre olhar as informações além da indicação da faixa etária na embalagem, ou seja, logo depois de tirar o brinquedo da caixa: sacudir, balançar, ver se não tem nada caindo ou se tem partes pontiagudas ou que se soltam. Se o acesso das pilhas e baterias estão totalmente fechado com parafusos, também se a tinta dos brinquedos não podem descascar futuramente e sempre lavar e fazer uma revisão dos brinquedos.
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